terça-feira, 12 de maio de 2009

Nova formação do Forrobodó apresenta-se pela primeira vez em Brasília

A semana é de estreia no Arena do Forró. Quem aparecer por lá na quinta-feira vai conhecer um trio que foi moldado para o sucesso, o Forrobodó, união recente de três dos melhores músicos da nova geração do pé-de-serra. Os três rapazes, que já vieram a Brasília com outras bandas, tocam juntos com a nova formação pela primeira vez na capital. O show é esperado há meses pelos forrozeiros da cidade.

Você sabe o que quer dizer "forrobodó"?
O folclorista Luís da Câmara Cascudo, em seu Dicionário do Folclore Brasileiro,
definiu o verbete forró como sendo descendente da expressão forrobodó,
vinda da linguagem africana. O termo designava festas animadas populares;
no caso do Nordeste, as animadas por sanfona (ou acordeon).
As músicas lá tocadas eram o xaxado, o xote, o coco, entre outros.
Com o tempo, a palavra forrobodó foi abreviada para forró e
passou a nomear o estilo musical que se tocava nessas festas como um todo.


Poucos grupos musicais têm a possibilidade de serem montados com tanta qualidade. A escolha dos componentes da atual formação do Forrobodó foi feita a dedo. Erivaldinho do Acordeon, Luiz Feijoli e Vinicinho Magalhães já eram amigos e costumavam encontrar-se em festivais e shows pelo Brasil afora, cada um em um grupo de sucesso no cenário forrozeiro. No último mês de março, eles decidiram reunir os talentos e os sonhos. Além de tocarem os devidos instrumentos, os três dividem o vocal do trio e já têm agenda lotada até o final de junho. Todos têm uma longa história de amor com a música que vale a pena ser contada:

Elizaldo Santos de Oliveira, conhecido como Erivaldinho do Acordeon, é considerado um dos melhores sanfoneiros da nova safra do forró pé-de-serra. Criado em Carira, cidade do sertão sergipano, o sanfoneiro carrega na música um pouco da história e da cultura nordestina. Filho do também sanfoneiro Erivaldo de Carira, aos oito anos iniciou seus estudos da sanfona influenciado pela musicalidade de Luiz Gonzaga, Dominguinhos, Sivuca e Genário do Acordeon. Nos 24 anos de carreira, Erivaldinho colecionou parcerias e já dividiu o palco com Dominguinhos, Tato do Falamansa, Marinês, Oswaldinho, Trio Virgulino e Chico Cesar, além de ter participado da Orquestra Sanfônica de Aracaju e de gravações com a banda Calcinha Preta. Desde 2003 morando no Sudeste, viajou o país ao lado do cantor Mestre Zinho, compôs várias músicas e virou professor de acordeon.

O zabumbeiro Vinicinho Magalhães, de 22 anos, nasceu em Arcoverde-PE, no dia de Natal. Herdou o talento do pai, que era músico, e aprendeu a gostar de forró no Espírito Santo, onde foi criado. Aos 12 anos, começou a tocar zabumba e logo tornou-se membro do Trio Jatobá. Compositor de mão cheia, tem várias de suas obras gravadas por trios de forró do país, como “De Rosto Colado” (Trio Alvorada), “A dor da Paixão”(Meketréfe), “No colo do seu Coração”(Trio Araçá), “Os Cabras do Forró”(Forró Raiz e Trio Nordestino) e “Cheiro de Amor no Ar” e “Acabou”(Os 4 Mensageiros). O talento do menino foi reconhecido e, em 2004, foi convidado a fazer parte do grupo Os 4 Mensageiros e acompanhar Dominguinhos em várias apresentações.

O carioca de nascimento e capixaba de criação Luiz Feijoli é do tipo de artista completo que tem intimidade com a música, o teatro e a literatura. Aos 11 anos, começou a cantar nas noites capixabas, geralmente acompanhado do pai, o violonista Déo Feijoli. Também encarou os palcos teatrais, com o Grupo de Teatro Pixinguinha e o Grupo Resg’Art de Teatro. Foi premiado em importantes festivais nacionais e internacionais de poesia e começou a compor músicas que foram gravadas por diversos artistas. Destaque para a canção “ Mangabeira ”, feita com Xitão Moreira da banda Cataia, que participou em 2006 de uma coletânea internacional na França que foi vendida nas lojas FNAC. A música também se tornou um vídeo-clip muito exibido na MTV brasileira e americana. Nos últimos 12 anos, dedicou-se ao forró pé-de-serra e tocou nos grupos Capitão do Mato, Kayapó, Os 3 Magnatas e Trio Classe A. Hoje, além de tocar triângulo no Forrobodó, está terminando o primeiro livro “Vila de Itaúnas – A maldição da Vila Soterrada”, sobre a história da vila do Espírito Santo onde acontece o maior festival de forró pé-de-serra do Brasil.

Serviço:
Quinta-feira (14/05)
Forrobodó (SP) – forró pé-de-serra
Local: Arena do Forró – Arena Futebol Clube, Setor de Clubes Sul, trecho 3
Horário: A partir de 21h
Entrada: R$ 15. Descontos no site www.arenadoforro.com.br
Informações: 9982-0123 ou www.arenadoforro.com.br
CI: 18 anos

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