quarta-feira, 15 de abril de 2009

Encontro de vencedores e lançamento de CD no Arena do Forró

ATENÇÃO: QUEM PAGAR PARA ENTRAR NO ARENA NESTA QUINTA, GANHA O CD DO MEKETRÉFE!

Nesta quinta-feira (16/04), o forró do Arena vai ser dominado por dois jovens grupos que têm em comum o primeiro lugar no Festival Nacional de Forró de Itaúnas – em anos diferentes. O grupo Meketréfe e o Trio Dona Flor, ambos de São Paulo, são considerados destaques da nova geração do forró pé-de-serra no Sudeste brasileiro. O primeiro é formado por quatro rapazes cheios de animação que vêm a Brasília lançar o primeiro CD Ao Vivo. O segundo, formado só por meninas, se prepara para uma turnê na Europa, em maio.

Tanto o Meketréfe como o Trio Dona Flor conhecem bem as consequências de uma vitória em Itaúnas. Desde que venceram o festival – os meninos em 2007 e as meninas em 2008 -, a agenda de ambos vive lotada, com shows em quase todos os estados do país. Ambos já foram destacados em programas na TV Cultura e no filme Por Amor Forró (Adriana Caitano e Galton Sé – 2008) como referências do novo movimento pé-de-serra, que cresce principalmente entre jovens do Centro-Sul do país.

O talento em comum os tornou parceiros e, há alguns meses, Meketréfe, Trio Dona Flor e Trio Juriti (SE) – outro trio de destaque da nova geração - participam de um projeto em que dividem o palco em algumas ocasiões. Em Brasília, a participação será em etapas: o Trio Juriti aparece na cidade somente no próximo dia 23 de abril.

Saiba mais sobre cada grupo:

Meketréfe (SP): Ousadia no nome e na mistura irreverente do forró com o cavaquinho

Segundo o dicionário Houaiss, mequetrefe é um indivíduo intrometido, de caráter duvidoso, sem importância. Há quem diga também que seja uma gíria utilizada nos anos 30 pelos que dançavam tango. No dito popular, a palavra também se refere a alguém sem vergonha, safado, malandro, que sabe tirar proveito das coisas. Mas para quatro jovens de Campinas – SP o termo tem outro significado. Quer dizer sucesso, simpatia, alegria e animação.

Em 2006, Felipe Costa (Felipinho), Diego Oliveira e Diego Luis (Dilu) reuniram-se para tocar um ritmo que não estava tão presente na mídia. Ao contrário da maioria dos jovens de classe média da faixa etária deles – 23 anos -, que montam bandas de rock ao estilo Beatles, os três meninos de Campinas decidiram tocar forró pé-de-serra. No lugar de Kurt Cobain, Renato Russo ou Rolling Stones, os ídolos deles eram Luiz Gonzaga, Jackson do Pandeiro e Dominguinhos. Quando perceberam o gosto comum, os amigos criaram o Meketréfe. "Meketréfe é o nosso jeito de ser, todo mundo tem um pouco de mequetrefe dentro de si. É um jeito espontâneo, alegre, meio malandro de ser feliz", conta Felipinho.

Pouco depois, Thiago dos Santos incorporou-se ao grupo. A nova formação permitiu uma mistura na qual, enquanto a sanfona de Felipinho, a zabumba de Diego e o triângulo de Dilu remontam ao autêntico forró pé-de-serra, o cavaco de Thiaguinho dá o tom de samba ao inconfundível som dos mequetrefes paulistas. Não foi à toa que, em julho de 2007, eles foram os vencedores do 7º Festival Nacional de Forró de Itaúnas (Fenfit), o maior do país nesse estilo. "Às vezes a energia e a alegria em um palco valem muito e temos certeza que as pessoas sentem, porque música não é só tocar e sim sentir", acredita o jovem sanfoneiro.

No figurino, nas letras, nas apresentações, costumam exprimir o modo mequetrefe de ser, aquele jeitinho malandro que todo cidadão brasileiro carrega com muita honestidade. Eles explicam o que é ser mequetrefe na canção de forró sambado "Tô de Brincadeira", composta por Thiaguinho, logo após a vitória no festival de Itaúnas. O sucesso está no primeiro CD – gravado ao vivo em Campinas e que acaba de ficar pronto. O lançamento oficial em Brasília é nesta quinta-feira, no Arena Futebol Clube.


Trio Dona Flor: energia feminina fazendo forró pesado

Quem diz que forró é coisa de cabra macho não conheceu o talento de divas do ritmo, como Carmélia Alves, a rainha do baião, e Marinês, a rainha do xaxado. Inspiradas nelas, duas jovens de Minas Gerais e uma de São Paulo resolveram unir-se há um ano para mostrar que, mesmo com toda a delicadeza feminina, três mulheres juntas também podem fazer muito forró pesado. É nesse clima desafiador que o Trio Dona Flor volta a Brasília.

O Trio Dona Flor surgiu de uma amizade, em janeiro de 2008, na vila de Itaúnas – Espírito Santo. No lugar conhecido como o paraíso dos forrozeiros, a trianglista Carol Bahiense e a sanfoneira Cimara Fróis estavam com um grupo de Belo Horizonte e a zabumbeira Talita del Collado estava com uma banda de São Paulo. As três ficaram muito amigas e começaram a tocar juntas informalmente. O entrosamento foi tanto que elas resolveram trocar os grupos de origem por um novo.

Como não moravam todas na mesma cidade, as meninas passaram um tempo ensaiando à distância, virtualmente. Mas mesmo com poucos encontros, a amizade e a harmonia do trio foram fortalecidas e em abril o grupo chegou a participar do Festival Rootstock 2008, em São Paulo. Em julho do mesmo ano, o destino levou novamente Cimara, Carol e Talita para o lugar onde tudo começou. No paraíso dos forrozeiros, surpreendendo muita gente, o Trio Dona Flor foi o vencedor do Festival de Forró de Itaúnas, considerado o maior desse estilo no país.

Desde então, a vida das meninas mudou. A agenda está sempre lotada e elas viajam quase todo o Centro-Sul do país para apresentações – de segunda a segunda. Cimara, 23 anos, mudou-se para São Paulo e teve que trancar o curso de Letras que fazia na UFMG. Carol, 25 anos, também seguiu a mudança, já com o diploma do curso de Teatro nas mãos. Talita, 20 anos, tenta conciliar os shows com a faculdade de Música. Em maio de 2009, elas partem para uma turnê internacional, na Europa, com apresentações marcadas em grandes centros culturais, como Madrid, Lisboa, Barcelona e Londres.

Por ser um trio só de meninas, há quem espere que o show do Dona Flor seja só romântico e feminino. Mas as flores dispensam os rótulos. “Eu acho que energia feminina a gente já tem muita porque ela vai sempre existir, então, o que a gente tenta buscar é levar para o palco uma energia masculina também, nossa intenção é fazer forró pesado!”, ressalta a trianglista Carol Bahiense. No repertório, clássicos do forró pé-de-serra, canções de autoria própria, como “Forró Floreado”, e muitas surpresas, como a cômica interpretação de “A Velha Debaixo da Cama”, gravada pelo Trapalhões em 1981.

Serviço:

Lançamento do CD Ao Vivo do Meketréfe (SP), ao lado do Trio Dona Flor (SP) – forró pé-de-serra

Dia: Quinta-feira (16/04)

Local: Arena do Forró – Arena Futebol Clube – Setor de Clubes Sul, trecho 3

Horário: A partir de 21h

Entrada: R$ 15 - grátis um CD do Meketréfe!

Classificação Indicativa: 18 anos

Informações: 9982-0123 ou www.arenadoforro.com.br

Um comentário:

Anônimo disse...

Frequento forró a mais de 10anos, já vi diversas bandas e acho caótica essas bandinhas novas, principalmente o Meketréfe que acha que faz forró pé de serra e é a pior de todas que já vi. Se os grupos fossem bons como os de antes, existiriam mais adeptos ao ritmo e haveriam mais casas para se dançar forró. Torço para que o nivel dessas bandas melhorem e voltemos a ter opções como KVA, Danado de Bom, Projeto Equilibrio ...