terça-feira, 25 de agosto de 2009

Apresentação de pífanos no CCBB. Último dia!

Pessoal,
desculpem-me por avisar tão tarde, mas vale a pena conferir.

Hoje é o último dia para assistir às apresentações de grupos de pífano - instrumento de sopro feito com bambu - pelo projeto epifanias do Centro Cultural Banco do Brasil. As bandas Cabaçal, Ventoinha de Canudos e Zé do Pife e as Juvelinas se apresentam às 13h e às 21h. A primeira sessão é gratuita e a outra custa R$ 7,50 a meia entrada.

Confira o release do evento:

Epifanias

Epifanias - do latim “epiphania” e do grego “epipháneia”. Significa aparição, manifestação divina, ou ainda festividade religiosa com que se celebra essa aparição. O projeto Epifanias se despede de Brasília na próxima terça-feira, dia 25 de agosto, quando sobe ao palco do Centro Cultural Banco do Brasil mais uma atração. O último show do projeto receberá a Banda Cabaçal dos Irmãos Aniceto para duas sessões, uma gratuita às 13h e outra às 21h com ingressos a R$ 15,00, a inteira. As bandas Ventoinha de Canudo e Jovelinas e Zé do Pife fazem participação especial.
A Banda Cabaçal dos Irmãos Aniceto mescla intuição com modos ancestrais de dançar e imitar animais. No palco, o público poderá ouvir uma forma bem peculiar de tocar pífano e conhecer danças e trejeitos bem particulares que os diferencia de qualquer outra banda de pífanos. O grupo já gravou três discos: um compacto lançado pelo Ministério da Educação e Cultura em 1978; um disco gravado a pedido do Governo do Ceará em 1999; e Forró no Cariri, gravado no mesmo ano. O Cabaçal dos Irmãos Aniceto também já se apresentou ao lado de nomes como Hermeto Pascoal, do Quinteto Violado, além de ter participado do espetáculo Ciranda dos Homens, Carnaval dos Animais, do coreógrafo Ivaldo Bertazzo.

O projeto Epifanias
A ideia é do curador e idealizador do projeto, Alexandre Pimentel, que pretende traçar um painel sobre o pife ou pífano, instrumento utilizado em diversas manifestações musicais da cultura popular brasileira e que vem, pouco a pouco, resgatando e ampliando seu papel nas mais diferentes formações musicais. “Buscamos promover um encontro entre os mais significativos grupos e tocadores em atividade no país que desenvolvem trabalhos que tenham o pífano como instrumento fundamental”, afirma Alexandre.

Entre os convidados de Epifanias estão os mais experientes tocadores de pífanos, como o grupo de jovens Flautins Matuá e algumas tradicionais bandas de pífano do Ceará, Alagoas e Pernambuco. “Com este projeto, pretendemos dar continuidade ao trabalho de pesquisa que desenvolvemos sobre as origens e a importância de alguns instrumentos populares em nossa música, as suas diversas utilizações, as diferentes composições formais e regionais”, completa Alexandre, que também esteve à frente dos projetos Viola Brasileira (CCBB RJ/2000), Rabequeiros (CCBB RJ/2002) e Artesania Sonora (CCBB SP/2006).

Sobre o instrumento e as bandas de pífano
O pífano é um tipo de flauta, geralmente feito de taquara, ou taboca (espécie de bambu), mas que também pode ser de metal, osso de animais ou mesmo de PVC. É encontrado em três tamanhos: o chamado régua inteira, o três quartos e o meia régua. O som do pífano muda de acordo com o tamanho. Cada pífano tem, geralmente, sete orifícios, sendo seis para os dedos e um para os lábios (sopro). O segredo, tanto da confecção quanto da execução do instrumento é passado de pai para filho.

Alguns autores remontam as origens do pífano à herança indígena. Outros à época dos primeiros cristãos, que tinham no instrumento uma maneira de saudar a Virgem Maria nas festas natalinas. Na feição nordestina, a banda de pífanos é uma criação do mestiço brasileiro, que com sua criatividade e intuição musical adaptou o instrumental, dando-lhe a forma típica pela qual é conhecida. A banda de pífanos é um conjunto instrumental de percussão e sopro, dos mais antigos, característicos e importantes da música de tradição popular no Brasil.

Por toda a região Nordeste do Brasil e nos estados de Minas Gerais e Goiás são usados vários termos para denominar o conjunto: Banda de Pífanos, Banda de Pife, Música de Pife, Zabumba, Cabaçal, Esquenta-Mulher, Banda de Negro, Terno, Banda de Couro (Goiás), Musga do Mato, Pipiruí (Minas Gerais).

Assim como a sua denominação varia, a sua composição também tem sensíveis diferenças, mas seus instrumentos básicos são dois pífanos, um surdo, um tarol e um bombo ou zabumba. Em Pernambuco, normalmente é composta por dois pífanos, uma caixa, um bombo, um surdo e um tambor. Em Alagoas, além dos instrumentos básicos acrescenta-se um par de pratos e em certos grupos um triângulo e até um maracá – espécie de chocalho indígena – para maior sonoridade. No Ceará, geralmente também acrescenta-se prato e triângulo e em Sergipe o triângulo e o ganzá. Em Goiás, a Banda de Couro, com é chamada é composta por bombo, caixa ou tarol e viola.

Epifanias –25 de agosto, terça-feira, às 13h e às 21h. Ingressos para a sessão das 21h: R$ 15,00 (inteira) e R$ 7,50 (meia). Sessão das 13h, grátis.
Informações: 3310-7081

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