Ufa! Passei por grandes emoções ao ler os últimos comentários. Agora eu preciso comentar de novo.
Em primeiro lugar, devo dizer que estou bem surpresa com a quantidade de pessoas que de repente resolveram ler e comentar o blog. Nem sabia que alguns de vocês o conheciam... Obrigada pelas manifestações de carinho, as reclamações, as sugestões e, principalmente, os puxões de orelha. Sou uma jornalista iniciante mesmo, talvez um pouco imatura também. Mas tudo o que eu tentei foi dizer que sou completamente contra preconceito e qualquer tipo de agressão. Mesmo que possa ter parecido algo diferente. E fiquei triste (não deprimida, com raivinha) não porque fui criticada, mas porque vi uma coisa que disse sendo mal interpretada. Ninguém gosta disso, né? Mas passou!
Sobre a decisão de não ter usado todos os depoimentos sobre o Falamansa, bem, gente. Tínhamos 29 fitas de uma hora cada. Nosso filme ficou com 28 minutos, muito além do que deveria, inclusive. Era inevitável que muuuita coisa ficaria de fora. Afinal, era um documentário sobre "um grupo de jovens do Centro-Sul do Brasil que idolatra o forró pé-de-serra de uma maneira peculiar, viaja quilômetros para ouvi-lo, coleciona discos de vinil, pesquisa". Esse era nosso argumento (nome que se dá ao foco de um filme). Se falamos de Luiz Gonzaga e do Falamansa, foi para contextualizar a história. Aquele grupo sobre o qual falamos era aquilo, viciado, às vezes radical. E, enfim, têm todo o direito para serem como quiserem. E quem não é assim tem todo o direito de gostar do forró que quiser, do jeito que quiser. E de não gostar do comportamento dos outros. Paciência. Pronto.
Agora sim sinto que as coisas estão mais claras. Ninguém quis ofender ninguém. Eu escrevi o último post para tentar amenizar as coisas, pra dizer que não quero alimentar conflitos. Disse que vou segurar um pouco mais minhas opiniões não porque tenho que escondê-las, mas porque acredito que temos mesmo que pensar mais antes de sair falando o que vem à nossa cabeça. As palavras têm muito poder, são perigosas. Podem magoar, destruir, difamar. Eu, como jornalista, tenho que ter isso muito claro comigo. E aprendi muito mais com os comentários de todos vocês.
Mas podemos usar as palavras para o bem, se quisermos. E é isso que vou tentar fazer. E, se eu magoar alguém, incomodar alguém de novo, pode me dizer. Vou ponderar, avaliar e tirar o lado bom da crítica.
Então, bola pra frente. Forró é forró, minha gente. Cada um gosta de um jeito, mas ele continua existindo. Luiz Gonzaga, lá onde ele está, não deve gostar nadinha de ver a gente nessa discussão.
Falando nele, vocês estão lembrados de que no próximo dia 2 de agosto completam-se 20 anos que ele se foi? Talvez este seja o momento de a gente pensar em tudo o que ele deixou. Ele só queria que a música dele nunca morresse. E é isso que temos que fazer. Levar adiante a herança de Gonzagão. Aproveite essa época para pedir músicas dele nas rádios, mandar e-mails para jornais, tvs. Lembre o Brasil que ele também teve um rei que foi muito importante para a nossa cultura.
Salve o Rei do Baião!! E viva a paz entre os forrozeiros!
PS: Tato, eu conheço todas as suas músicas sim. Era fã de vocês antes de ficarem totalmente conhecidos. Continuo achando que vocês são muito bons no que se propõem a fqazer e não devem parar nunca, do jeito de vocês. A mesma coisa falo para os meninos do Forró Lunar, de quem gosto muito. Ótimos músicos, pessoas maravilhosas. Não tem nada a ver com minhas preferências musicais. ;)
3 comentários:
é isso ai Dri...
e tome forró!!!
É isso aí, mal entendido desfeito, bola pra frente, parabéns pelo blog e pela sua postura.
Muito sucesso e claro que muito forró pra todos nós.
Abraço.
Queridos,
Na verdade a impessoalidade é algo muito engraçado e controverso...
Todos devem ter a liberdade de expressão que tantos falam, talvez nem saibam o verdadeiro significado, mas fazem questão de dizer em alto e bom som. Todos têm a liberdade de dizer o que pensam, o que querem e, principalmente no que acreditam, isso não está em discussão.
Como o Tato disse, procurem realmente a verdade e de quem pode dizer alguma coisa para depois pensar e mostrar. Dominguinhos, Chiquinha Gonzaga, Trio Virgulino e muitos outros de renome no meio do forró agradecem a Falamansa por tudo que eles fizeram e tem feito pelo forró e pela cultura brasileira.
Somos jovens e deveríamos nos unir a causa. Estou no forró desde 95/96, no início pela escola com uma visita a Itaúnas, depois com meus pais e a curiosidade de ver algo tão bacana e singelo se manifestando, sem frescuras ou apelação, seja de roupas, de grana ou outras coisas. Engraçado, na mesma época que o Tato começou a freqüentar Itaúnas, lembro dele lá, e ele ainda nem tinha banda, ele não tinha graba, usava roupas "fuleiras" e pé no chão como muitos de vcs dizem que deve ser. Não que lá seja o berço do movimento, o berço é mesmo o Nordeste, mas lá a manifestação é grande e bacana. Na verdade hoje o Nordeste é palco e berço dos forrós eletrônicos, quem freqüenta conhece.
Quantos de vcs estão no forró desde esta época??? Se 4 se manifestarem é muito.
Na verdade, como freqüentadora do movimento, vi que o Falamansa começou a ser descriminado quando apareceu na Globo, no Faustão e em muitos outros canais, quando começou a ganhar dinheiro, fama... Ora, eles "comercializaram" o forró, isso não pode!!! E o nosso movimento roots, e a filosofia de que o forró é “miguelagem”, pé no chão, perrengue??? Que bobagem.
Bem, isso não é uma discussão de Tato X Adriana ou qualquer um do DVD ou do movimento do forró. Só digo que aos que não gostam tem todo o direito de não gostar, é questão de gosto, e cada um tem o seu, o seus direitos, enfim. Mas precisamos respeitar o próximo acima de todas as coisas. Dizer que é menino mimado que a mãe não deu pirulito é algo muito idiota.
Realmente hoje os shows do Falamansa são para milhares de pessoas e não mais as 500/ 1000 como antigamente, isso às vezes não é tão legal para dançar, para ficar a vontade ou intimo da galera cada um no seu espaço, mas respeito acima de tudo, bom senso.
Adriana, o seu Documentário ficou muito bom, de verdade. Eu como acadêmica formada (não em jornalismo, mas suei para terminar minha graduação e minha pós) vejo que não é fácil fazer um trabalho bacana e completo, o seu ficou, parabéns. Porém, como jornalista, pois é esta a postura que vc tem que assumir a partir de agora é da impessoalidade, de mostrar os fatos e os resultados da pesquisa, principalmente se tratando de um documentário. Expor a opinião pessoal às vezes é complicado e polêmico mesmo. Vivendo e aprendendo.
No DVD realmente fica nítido uma “espetada” a Banda Falamansa, porque só entrar na parte negativa, do forró eletrônico e tal, porque foi somente neste trecho, de alguns segundos que eles entraram. Vejo que não foi essa sua intenção, nem muito menos esperava tanta repercussão. Bom, agora vc poderá fazer disso algo a se pensar e se discutir no meio. Para alguma coisa ficou valendo e de uma forma ou de outra se agregou algo, nem que seja apenas uma reflexão.
Lembre-se de uma coisa, mesmo que amador, acadêmico, enfim, algo assim fica para toda uma vida, não dá para voltar atrás. Pense nisso nos próximos trabalhos.
Bem, é isso. Quis mostrar um pouquinho de minha opinião, afinal, é para isso que servem os BLOGS.
Um abraço e tudo de bom.
Viva o Forró!!!
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