segunda-feira, 27 de julho de 2009

Superação em Itaúnas – parte 3: Só banda boa!

Os outros grupos também têm muita história pra contar. O Forrobodó (Erivaldinho, Vinicinho e Luiz Feijoli) foi um grupo que já chegou a Itaúnas vencedor. Todos sabiam disso, eles são conhecidos, tocaram em trios consolidados, são experientes. “A marmelada está feita”, dizia o povo. Assim, se eles ganhassem, todos iriam reclamar, se perdessem também. Mas eles não ligaram para o falatório e as desconfianças. Deram o recado, fizeram o som deles e pronto. Sem pretensões. Por fim, o Erivaldinho saiu com o título de melhor sanfoneiro. Ai dos jurados se não o dessem para ele. Mais que justo. Ninguém questionou. E o Forrobodó continua sendo um ótimo trio, independentemente de resultados e falatórios.

Outra figura que me intrigou foi um rapazinho baixinho e muito sorridente que me foi apresentado como Aspira, mas tem o nome de Rony. Conheci ele e os outros membros do trio um dia antes da apresentação no festival. Não conhecia o som do grupo, mas sabia que era formado por ótimas pessoas: Aspira, André (sanfona) e Anzol (zabumba), os Três Tinguá (SP). Quando eles subiram no palco, levei um susto. O show, com um repertório bem diferente, surpreendeu muita gente. E a animação do Aspira é contagiante! Não por acaso ele foi considerado o melhor trianglista.

O André também engrossa a lista de exemplos de superação. Ele estava com um problema meio sério na perna, tomando remédio contra a dor e tudo, mas, mesmo assim, não parou de dançar e fez bonito nos dois shows, tocando com uma sanfona emprestada, já que a dele tinha estragado uma hora antes da primeira apresentação. Eles ficaram entre os finalistas e, com certeza, vêm a Brasília logo.

Quem também é pequena na altura e enorme no talento é a Mariana Mello. Já tinha ouvido falar nela, que foi a melhor intérprete do Festival de Forró de Ilha Grande em 2008 e repetiu a dose agora em Itaúnas. Quando ela sobe no palco, cresce, ganha três metros, emociona, faz um show alto astral e deixa o gostinho de quero mais. Essa é mais uma que deve vir à capital loguinho...

Vou citar outros grupos que não ficaram entre os três primeiros e me chamaram a atenção pelo alto astral no palco, pelo repertório e pela qualidade musical – lembrando que eu não sou música, logo, não entendo de detalhes teóricos nesse âmbito; minhas impressões são de uma simples admiradora que faz parte do público!

*Trio Caeté (SP): eles já vieram a Brasília uma vez trazidos pelo William, que apostou no talento deles e tinha razão. Os meninos mandam muito bem, foram finalistas e também devem voltar ao DF breve.
*Quarteto Capixaba (ES): Nunca tinha ouvido falar neles, mas gostei bastante. Lembra o estilo dos 4 Mensageiros, com um vocalista mais o trio. O som deles é pesado e o zabumbeiro D'Blase é muito bom. Foi dele o título de melhor do festival.
*Os 3 de Maria (SP): Os meninos do trio são irmãos e fizeram um som bem legal, um show animado. Infelizmente não foram para a final, mas continuam sendo bons. Espero que não desistam, porque, como já disse, essa palavra é para os fracos, coisa que eles não são!
*Forró Cipó (ES): Eles são de São Mateus, que também faz parte do município de Conceição da Barra, como Itaúnas, e nem participaram do festival. Tocaram algumas vezes no Arena de lá e, olha, tiro o chapéu. O show é animado e com um repertório bem bacana. O Gilson também gostou, logo...
*Trio Rapacuia (RJ): O grupo também não tocou no festival, só no Arena e acho que no Bar Forró no domingo depois da final. Já são conhecidos nossos, ganharam o festival de Ilha Grande de 2008, tocaram no RioRoots e em Brasília uma vez. Têm um show bom demais da conta, de verdade, e já está na hora de eles voltarem...

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