(matéria publicada no G1, sobre o São João de Campina Grande-PB. veja mais em http://colunas.g1.com.br/redacao/category/g1-no-sao-joao/)
O sanfoneiro Dominguinhos se apresentou, à 0h desta segunda-feira (9), no palco central do Parque do Povo, em Campina Grande (PB), e mostrou o verdadeiro forró pé-de-serra para os mais de 60 mil espectadores. Nem mesmo a chuva que caiu sobre a cidade durante todo o domingo (8) atrapalhou a festa junina.
Essa foi a primeira apresentação de Dominguinhos depois de ser homenageado no Prêmio Tim de Música há menos de uma semana. Antes do show no São João de Campina Grande, o sanfoneiro disse que o “forró é igual ao rock porque não deixa ninguém parado”. Ele também recebeu o prêmio de melhor disco instrumental, que gravou junto com Yamandu Costa.
Dominguinhos disse que se apresentou em um fórum em que também foi homenageado, para cerca de 1,5 mil inscritos no evento, em Sergipe. “Aqui em Campina Grande será o meu primeiro show depois do prêmio. Essa terra é o berço do forró”, disse o músico.
Sobre a onda de forró eletrônico, Dominguinhos foi enfático ao fazer críticas ao novo estilo de música. “Não dá pra dizer que aquilo é forró. Eles deveriam tentar se entitular de outra forma, porque aquilo não tem nada de forró. Não tem identidade. É uma grande mentira”, disse o sanfoneiro.
Ele cita o exemplo das letras das músicas que estão se tornando o hit do São João pernambucano e paraibano, como ‘Chupa que é de uva’, do Aviões do Forró, e ‘Senta que é de menta’, do Cavaleiros do Forró. “É tudo muito apelativo e descartável. Eu critico a qualidade musical. As letras são péssimas e falam muita bobagem. É tudo anti-musical”, disse o músico.
Texto: Glauco Araújo, do G1, em Campina Grande (PB). (09/06/08)
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