sábado, 13 de março de 2010

Deu [até] no New York Times...(Forró em Paris)

É, meus caros amigos forrozeiros, nosso forró não para de nos surpreender. Depois que postei o relato do pessoal que forrozeia (licença poética para criar esta palavra, ok?) na Alemanha, recebi do amigo Dj Lêu o link de uma reportagem publicada neste ano no The New York Times - o maior jornal do mundo - sobre o forró perambulando pelas ruas de PARIS!

Achei que só colocar o link aqui para vocês não teria graça, então, resgatei todo o meu inglês tupiniquim enferrujado e traduzi livremente o texto (com a ajuda do google e de um dicionário). Peço desculpas se houve erros, mas fiz o que pude.

Segue abaixo a reportagem em português. Sugiro que entrem na página original (aqui), leiam e depois assistam à apresentação das belíssimas fotos de Ed Alcock com uma música que tem no meio da matéria (cliquem em Audio Slide Show ou vejam direto aqui). Emocionem-se mais uma vez:

The New York Times (seção de viagens, 14 de fevereiro de 2010)

Forró impulsiona parisienses
por Sarah J. Wachter*

Em uma recente úmida e fria noite de quarta-feira em Paris, casais se acotovelavam na disputa por cada polegada de um lotado salão no Bizz'Art, um restaurante e clube de dança à margem do chique bairro Canal São Martin. Eles estavam ali para dançar o forró, uma dança rústica do nordeste do Brasil que aguça a romântica imaginação de parisienses jovens e velhos em um encontro semanal dedicado à dança.

No centro do salão, Marion Pigeard, uma renomada professora francesa de forró que vai pelo seu primeiro nome sozinha (?) era apertada fortemente do tronco aos joelhos pelo seu parceiro, que a impulsionava pela sensualidade do movimento de seus quadris, em uma dança tão vulgar quanto pura. "Ah, o forró é mágico", disse Wendell Bara, líder da banda de forró Coqueiros de Olinda, em uma entrevista posterior. "E você pode dançá-lo a noite inteira".

Paris está dominada pela folia do forró. No dia 20 de fevereiro, o começo do carnaval brasileiro - um evento tão popular em Paris que tem gerado desfiles de conga pelas feiras nas ruas ao longo do ano - alguns vão celebrar a terça-feira em uma maratona de forró a noite inteira no Cabaret Sauvage, um clube que fica no Parc de la Villette, embaixo de uma tenda de circo vermelha. (O Sauvage tradicionalmente vai sediar uma batalha de bandas de forró durante a festa de São João no verão, assim como a Festa da Cachaça no outono, uma noite de dança brasileira).

Marion, 32 anos, foi laçada pelo forró alguns anos atrás, depois de aprendê-lo com um dançarino e sanfoneiro do Brasil. Na época, o estilo era desconhecido na cidade. "Eu abandonei meu emprego dois anos atrás para ensinar forró, porque ele é muito fascinante e me faz sentir parte de uma família", ela disse. Antes desse movimento, o conhecimento local do Brasil era limitado. "Oito anos atrás, os parisienses apenas conheciam futebol, samba, fãs e praias", disse Rubens Pinheiro, o produtor do Jota, uma banda de forró originalmente do Rio de Janeiro que agora está instalada em Paris - uma das que frequentemente tocam na casa. Outras bandas brasileiras, como o Trio Nordestino, também do Rio, que traz um clássico estilo de forró, visitam a cidade.

Para acomodar o crescente volume de fãs, o Bizz'Art também dedica um sábado por mês ao forró e outras danças brasileiras. Parte do apelo do forró - que vai de um ritmo lento chamado xote a uma versão mais rápida chamada arrasta-pé - é sua acessibilidade. "Ele é menos competitivo do que a salsa e menos pedante que o tango", disse Marion.

E os aspirantes a dançarinos parisienses têm uma variedade de locais para praticar. Em outubro passado, o Studio des Rigoles, uma associação de dança organizada por voluntários, começou a oferecer mais aulas de forró. Outro local de dança e show, o Studio l'Ermitage, em uma antiga fábrica de biscoito, vai começar a manter mensalmente noites de forró em março.

E na décima região administrativa de Paris, vários bares têm atraído uma multidão com suas próprias noites de forró. A atração pode estar aparentemente em contradição com a dança. É uma experiência interna, disse Marion. "E, no entanto, é verdadeiramente social. Uma verdadeira comunidade foi criada em torno dele [o forró]".

*livre tradução de Adriana Caitano

2 comentários:

Josue Robaldo disse...

Parabens Adriana pela informação. E que maravilha que o Forró tem ganhado outros publicos...Ficamos muito felizes e agradecidos por isso!

Alison disse...

Olá Adriana. Sou o Gestor do Site Gestão de Restaurantes. Meu e-mail é contato@gestaoderestaurantes.com.br